quarta-feira, 25 de maio de 2016

A imaginação é a louca da casa. (Santa Teresa)

A escritora espanhola tem um novo livro, "O Peso do Coração", onde recupera a sua personagem favorita, Bruna Husky. Em entrevista, vai das suas obsessões literárias até à infância.
Foi em 2011 que a espanhola Rosa Montero publicou Lágrimas na Chuva, um romance policial de ficção científica protagonizado por Bruna Husky, uma replicante com apenas dez anos de vida, que vive atormentada pelo pouco tempo que lhe resta, contando-o obsessivamente. Uma andróide a quem foi dada uma falsa memória, pequenas cenas que sabe não serem reais, mas que lhe permitem ter uma identidade, uma infância imaginária. Bruna comoveu os leitores, que se apaixonaram por esta improvável heroína, exigindo o seu regresso. Os pedidos não eram necessários. Desde que criou a personagem e o seu mundo – uma Madrid no início do séc. XXII — que Rosa Montero queria regressar.
O Peso do Coração acaba de chegar às livrarias, numa edição da Porto Editora, e é o tão esperado regresso ao futuro. A Bruna restam agora três anos, dez meses e vinte e um dias de vida. A morte sempre presente, o amor sempre a escapar, a infância perdida e a falsa memória. E Madrid continua terrível, o ar poluído, os pobres mantidos à margem, sempre a tentar trepar os muros que os separam de um mundo onde é possível respirar. Bruna vê-se agora envolvida numa investigação que a conduz às multinacionais corruptas, onde apenas o dinheiro conta, e que a leva a Labari, uma plataforma orbital que vive uma ditadura religiosa. Pelo meio, tenta reparar a sua relação com Lizard e encontra Gabi, uma menina russa órfã pela qual se responsabiliza mas com a qual não se consegue relacionar.
A morte, a memória e a identidade. São as suas obsessões, estão presentes em todos os seus livros. E na conversa que a autora de A Louca da Casa teve com o Observador.
                                                                                                          Continue a ler aqui

Sem comentários:

Enviar um comentário