quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A teoria do bang bang (1)

A 16 de dezembro de 2014, nove atacantes, 132 crianças e nove funcionários da escola morreram na sequência de um ataque de uma fação talibã do Paquistão. Quatro pessoas ligadas ao massacre foram enforcadas esta quarta-feira, numa prisão do país

Quatro homens foram enforcados esta manhã numa prisão a norte do Paquistão, sentenciados à morte por um tribunal militar. Há quase um ano, mais precisamente a 16 de dezembro de 2014, esses mesmos homens forneceram armas e apoiaram os protagonistas do massacre que matou 150 pessoas, maioritariamente crianças, numa escola militar daquele país.
Estas são as primeiras pessoas condenadas à morte na sequência do ataque do ano passado. Na altura, a escola militar pública da cidade de Peshawar, situada no norte do Paquistão, foi invadida por nove talibãs que treparam pelos muros do edifício, para depois colocarem uma bomba e dispararem indiscriminadamente sobre alunos e professores. Os atacantes acabaram por morrer no próprio dia, no decorrer da operação de salvamento conduzida pelas forças de segurança do país, depois de terem tirado a vida a 132 crianças e nove funcionários.
Os quatro enforcados estavam presos desde que foram identificados como membros do grupo Toheedwal Jihad, uma pequena fação talibã, e considerados culpados de apoiar o massacre por um tribunal militar. No entanto, os seus destinos só foram decididos esta semana, quando o chefe das forças armadas paquistanesas, Raheel Sharif, assinou a sentença de morte de Maulvi Abdus Salam, Hazrat Ali, Mujeebur Rehman e Sabeel.
O massacre resultou no estabelecimento de tribunais militares para decidir o destino de suspeitos de terrorismo, numa repressão dos islâmicos residentes no país e na legalização da pena de morte para terroristas, que estava suspensa há seis anos.


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