terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O que é clandestino é bom

Escolas clandestinas em Alepo ajudam crianças a superar a guerra
Num antigo palácio da era otomana, na cidade velha de Alepo, a guerra não atormenta o grupo de crianças que frequenta a recém criada escola. Os professores que a fundaram esperam criar um refúgio e permitir o regresso à normalidade, ainda que o estabelecimento de ensino clandestino esteja num dos locais mais afetados pelo conflito.
"Abrimos este colégio há uma semana, e dentro de poucos dias abriremos outro muito perto para que as meninas do bairro o possam frequentar. Os pais continuam com muito medo de que os seus filhos frequentem a escola porque estamos na linha de frente de combate, mas temos que recuperar a normalidade. Não podemos viver sempre com medo", afirma Abu Salam Mustafá, professor de religião desta escola clandestina.
Na cidade de Alepo, no norte da Síria, não há uma só escola que não tenha sido atingida por uma bomba ou reduzida a destroços. Apesar de a intensidade dos confrontos ter diminuído desde outubro, o facto é que as forças do regime bombardeiam continuamente muitos dos bairros controlados por rebeldes.
"O Exército Sírio Livre (ESL) utilizou as escolas de Alepo como quartéis-generais e bases para os seus combatentes, o que levou o regime a bombardeá-las”, comenta este ex-professor de um colégio da cidade e agora diretor do centro clandestino.
Face a este panorama, Abu Salam Mustafá decidiu abrir uma escola num antigo palácio otomano do século XIX que estava trancado.

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