sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Há quem o faça de borla! Garantidamente


O Ministério da Educação e Ciência (MEC), liderado por Nuno Crato, não vai pagar aos professores avaliadores 100 euros por cada colega avaliado, como tinha proposto aos sindicatos em Julho. O despacho normativo 24/2012, publicado sexta-feira, estipula que a observação de aulas seja paga "em regime de trabalho extraordinário", o que permitirá ao Governo uma poupança considerável.
Para Mário Nogueira (Fenprof), será difícil formar a bolsa de avaliadores. "As horas extraordinárias baixaram muito. Só quem for tonto vai aceitar meia dúzia de cêntimos para avaliar 10 professores, com deslocações pelo meio a escolas situadas longe. Devia era haver redução do serviço lectivo para estes professores".
A publicação do diploma gerou dúvidas sobre a necessidade dos docentes requererem a observação de aulas, necessárias à progressão na carreira, apesar de esta estar congelada.
Em resposta ao CM, o MEC lembra que "a observação de aulas é condição obrigatória para a passagem ao 3º e 5º escalões e para a obtenção da menção de excelente". Nogueira desdramatiza e aconselha os professores, mesmo os do 2º e 4º escalão ainda sem aulas observadas, a "não fazer nada" se a carreira continuar congelada com o Orçamento do Estado de 2013, como se espera, pois terão tempo para pedir a observação quando for descongelada.

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