terça-feira, 20 de novembro de 2012

Duas notícias. Ambas preocupantes


O abandono escolar precoce em Portugal atingiu os 23,2% em 2011, o terceiro pior registo entre os Estados-membros da União Europeia (UE), apesar de ter recuado nos últimos anos, avançou hoje a Comissão Europeia.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo executivo comunitário no âmbito da apresentação da estratégia designada "Repensar a Educação", o abandono escolar precoce "situa-se em níveis inaceitavelmente elevados em vários Estados-membros" da UE, com destaque para Malta (33,5%), Espanha (26,5%) e Portugal (23,2%), sendo a média da União a 27 de 13,5%.
No caso português, a Comissão Europeia afirma que, apesar de o abandono escolar precoce atingir um nível elevado, "o desempenho melhorou significativamente durante o período 2006-2011", precisando que, em 2006, o abandono escolar precoce ascendia a 39,1%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que Portugal terá de "racionalizar mais" os salários e o emprego na Função Pública, e reformais mais ainda pensões e prestações sociais, no âmbito de um debate público sobre a composição do ajustamento.
Num comunicado da missão do FMI que esteve em Portugal a propósito da análise ao abrigo do Artigo IV (uma análise profunda feita a todos os países membros do fundo de forma regular), o Fundo deixa antever a necessidade de maiores cortes na Função Pública.
"Dado o ainda significativo ajustamento em vista, é necessário um debate público sobre como partilhar o fardo do restante ajustamento de forma justa e amiga do crescimento [económico]. A despesa orçamental, particularmente em salários com funcionários públicos e prestações sociais, aumentaram durante muitos anos, com uma fraca ligação aos objetivos do Estado e à alocação dos recursos do orçamento. O principal foco terá de ser em racionalizar ainda mais os salários e o emprego na Função Pública assim como reformar pensões e outras prestações sociais", diz a missão.

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