sábado, 17 de novembro de 2012

A ser assim, isto vai aquecer. Ainda mais


Temperatura média poderá aumentar perto de 4,5 graus Celsius

Investigadores determinam modelos de alteração climática mais precisos

Uma equipa de investigadores norte-americanos, do Centro Nacional de Investigação Atmosférica, em Boulder (Colorado, EUA), encontrou uma forma de determinar modelos de mudança climática mais precisos. Segundo o método de análise dos cientistas, ainda este século, a temperatura média poderá aumentar perto de 4,5 graus Celsius e considera que os aviões influenciam as alterações meteorológicas em zonas de maior tráfego. O estudo vem publicado na revista «Science».

O trabalho de John Fasullo e Kevin Trenberth centrou-se na análise da humidade relativa em regiões subtropicais, medindo as nuvens – consideradas por estes, um elemento-chave para estudar o aquecimento global. As nuvens são claras e por isso refletem a luz solar e o vapor de água nelas contidas é um poderoso gás do efeito estufa, podendo gerar aquecimento.
Para o estudo, a equipa estudou imagens de canais nas nuvens registadas por satélites, recorrendo a modelos computorizados de previsão meteorológica, para simular o seu crescimento e evolução. Tudo indica que camadas de nuvens extremamente frias podem ser encontradas num raio de 100 quilómetros que rodeia os grandes aeroportos do mundo.

Por norma, os modelos de computador têm dificuldade em lidar com as nuvens e seu papel na evolução do clima e alguns parecem sugerir que, nos próximos cem anos, haverá um aumento da temperatura média da ordem de 4,5 graus Celsius, outros, mais modestos, preveem uma variação de 1,5 grau Celsius.

E foi por isso que Fasullo e Trenberth decidiram estudar a humidade relativa do ar – já que existe uma ligação entre esta e a formação de nuvens –, sobretudo nas regiões subtropicais, em geral mais secas, porque os dados que lhe dizem respeito são obtidos com confiança a partir de satélites e assim, é possível comparar as previsões com observações reais.

Segundo os resultados dos investigadores, tudo indica que os modelos mais corretos são precisamente aqueles que preveem mudanças mais fortes, da ordem de 4,5º C. o estudo permitiu-lhes perceber ainda que muitos dos grandes aeroportos possuem uma camada de nuvens baixas durante o inverno – o que pode levar à retirada do gelo dos aviões com mais frequência.

As nuvens com canais, induzidas pelos aviões, foram documentadas durante décadas e frequentemente atribuídas ao lançamento de foguetes, etc., mas não acreditam que tenha influencia nas alterações climáticas.

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