domingo, 16 de setembro de 2012

"Sou velho de mais para censurar, mas suficientemente jovem para agir." (J. Goethe)

Nem deficientes, nem pessoas com mais de 65 anos com vontade de trabalhar mais anos vão conseguir escapar ao agravamento da Taxa Social Única (TSU).
Esta semana, o Governo anunciou que vai avançar com um agravamento dos descontos que os trabalhadores fazem para a Segurança Social, de 11% para 18% do salário bruto, no caso geral dos trabalhadores por conta de outrem (TCO). Em contrapartida, este aumento irá financiar uma redução substancial nos descontos feitos pelas empresas por conta de cada trabalhador, dos atuais 23,75% para 18%.
A medida, chamada "desvalorização fiscal", e cujo objetivo é permitir às empresas criarem empregos (já que ficam com menos custos salariais), será alargada aos trabalhadores independentes (a maior parte a recibos verdes), que passa a pagar 30,7% em vez dos atuais 29,6% do rendimento ganho por serviços prestados.
Mas a verdade é que todos os trabalhadores terão de pagar mais, inclusive os deficientes, os mais idosos que desejem um envelhecimento ativo. Os administradores de empresas também, mas serão tributados com as mesmas taxas que os recibos verdes, como já hoje acontece.
O Ministério das Finanças explica que "o ajustamento dos restantes regimes de taxas em vigor no RGSS [Regime Geral de Segurança Social] deverá ser efetuado de forma diretamente proporcional às variações verificadas nas taxas gerais, garantindo-se simultaneamente que o impacto ao nível da repartição dos encargos entre trabalhador e empregador acompanha a variação ocorrida no âmbito das taxas gerais".

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