quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Quando se está preso, o pior é não poder fechar-se a porta." (Stendhal)

Tony Nicklinson: morreu o homem que pedia para morrer
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Uma semana depois do Supremo Tribunal de Londres dizer a Tony Nicklinson que não podia legalmente pedir ajuda para cometer suicídio assistido, a morte chegou. Na manhã desta quarta-feira, e após sete anos paralisado depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral, uma mensagem publicada no seu Twitter anunciava aquilo pelo qual tanto esperou: “Adeus mundo, chegou a minha hora. Passei um bom bocado”.
Tony Nicklinson, de 58 anos, estava desde 2005 numa condição designada, em inglês, por locked-in syndrome. Vivia “encerrado” no seu próprio corpo, paralisado do pescoço para baixo e incapaz de falar, mas com o cérebro a funcionar perfeitamente, depois de ter sofrido um AVC em 2005. Dizia que a sua vida era “aborrecida, miserável, exigente, indigna e intolerável” e por isso recorreu a todos os meios legais para que fosse utilizada a eutanásia no seu caso mas sem que a pessoa que o ajudasse fosse responsabilizada. Porém, com base na legislação britânica essa pessoa seria muito provavelmente acusada de homicídio.
Depois de recorrer ao Supremo Tribunal de Londres, a decisão final surgiu na última quinta-feira. “Não cabe ao tribunal decidir se a lei sobre a morte assistida deve ser mudada”, defendeu o juiz Roger Toulson, citado pela BBC. “De acordo com o nosso sistema, isso é uma questão para o Parlamento decidir”, adiantou o magistrado.
Esta quarta-feira, a equipa de advogados que representava o britânico na longa batalha legal anunciou que Nicklinson “morreu aproximadamente às 10h”, na sua casa em Melksham, Trowbridge.

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