segunda-feira, 2 de julho de 2012

Quem dá corpo a esta ideia?


O projecto Turismo Inclusivo
Fundamentação e Objectivo Geral
A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência refere expressamente, no quadro do direito à “Participação na vida cultural e em recreação, lazer e desporto” (art. 30º), a obrigação dos Estados de promoverem medidas apropriadas para que as pessoas com deficiência possam ter acesso aos serviços turísticos.
No âmbito nacional, o Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade prevê especificamente, no Eixo 1 “Acessibilidade e Informação” “formação para promover a qualificação dos profissionais que operam na área do turismo, habilitando-os ao atendimento das pessoas com deficiências ou incapacidade”.

À medida que vão melhorando as condições de vida dos cidadãos com deficiência e das suas famílias aumenta o número daqueles que têm necessidade e que vão alcançando capacidade económica para viajar, seja por motivos profissionais, seja por motivos de lazer, de saúde, de religião ou outros.
Trata-se de um segmento potencial de procura de serviços turísticos de grande dimensão (segundo estimativa do EUROSTAT, na União Europeia, com idades compreendidas entre os 16 e os 64 anos, o número de pessoas com deficiência ultrapassa os 44 milhões); donde que seja também, cada vez mais, um segmento de grande interesse para o sector do turismo.
O atendimento, a prestação de serviços turísticos, com qualidade, nas suas diversas componentes (turismo, hotelaria, restauração), a pessoas com condições diferentes das do cliente comum (por exemplo, pessoas que não vêm, que não ouvem, que não falam ou que articulam com dificuldade; por exemplo, pessoas que se deslocam em cadeira de rodas ou que não podem fazer esforços físicos; por exemplo, pessoas com grandes dificuldades de compreensão, de comunicação ou de relação interpessoal viajando sozinhas ou com as suas famílias, etc.), exige dos profissionais intervenientes competências específicas que vão para além daquelas requeridas pelo atendimento comum e que, portanto, precisam de ser identificadas e aprendidas.

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