quarta-feira, 2 de maio de 2012

"Envelhecer ainda é a única maneira que se descobriu de viver muito tempo." (Charles Saint-Beuve)

Os idosos portugueses estão mais cultos, saudáveis e ativos. A conclusão é de um estudo da Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), que adianta ainda que, nos últimos 12 anos, quase duplicou o número dos seniores que afirmam saber ler.
 No estudo, citado pela Lusa, o presidente da RUTIS - Associação Rede de Universidades da Terceira Idade, Luís Jacob, explica que "temos hoje idosos mais ativos e intervenientes e que procuram crescentemente atividades de lazer e culturais, fruto do seu maior grau de escolarização, de serem autónomos [durante] mais tempo e das portas que o mundo lhes abre, seja presencialmente, seja via internet".

Melhoria das condições de vida foi determinante
 A televisão, a rádio e a "ida ao café" mantêm-se como as principais atividades de lazer, mas, em 2010, 32% dos idosos já utilizavam a Internet e uma percentagem crescente tem vindo a interessar-se pela leitura, pelas viagens, pelos espetáculos culturais e pelo conhecimento. 
 No entender de Luís Jacob, as mudanças devem-se "à evolução positiva das condições de vida" ocorridas na última década em Portugal. Entre 1990 e 2010, a média das pensões de velhice e invalidez passou de 84,8 euros para 246,4 euros, enquanto a média das pensões de sobrevivência subiu de 50,9 euros para 147,8 euros.
 Os idosos recebem também, atualmente, uma maior atenção por parte dos cinemas, teatros, museus e transportes, que promovem descontos para a terceira idade e viram aumentar muito significativamente o número de universidades seniores no nosso país, que passaram de 15, em 2001, para 190, em 2012.

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