sexta-feira, 6 de abril de 2012

mas o que é gratuito pode não ser bom

Um especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia denunciou, esta sexta-feira, que os oftalmologistas estão a receber nos consultórios cada vez mais crianças que usam óculos sem necessidade, por recomendação de empresas óticas que fazem rastreios nas escolas. (…)
"Não consigo entender como é que os diretores das escolas autorizam rastreios sem antes verificar a credibilidade da entidade que os faz. Qualquer ótica chega a uma escola e é autorizada a fazer um rastreio", denuncia Augusto Magalhães, garantindo que é "vulgaríssimo acontecer".
O especialista reconhece que também "existem bons exemplos", lembrando no entanto a importância de se ser posteriormente seguido por um oftalmologista, já que existem casos de crianças com patologias oftalmológicas cujos problemas "passam despercebidos aos optometristas" que trabalham nas lojas de ótica.(…)
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, uma em cada cinco crianças portuguesas tem algum problema de visão durante a sua fase de crescimento. Por isso, Augusto Magalhães é defensor de um rastreio visual obrigatório a nível nacional, que garantisse que todas as crianças fossem vistas por um especialista.
"Na Suécia, por exemplo, o rastreio nacional conseguiu diminuir a percentagem das crianças com problemas de miopia, que passou de quatro por cento da população para apenas um por cento", exemplifica.

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