quarta-feira, 11 de abril de 2012

Trabalho infindável, mas desafiante

Se não acreditasse, não via: mudar as atitudes dos professores

A Educação Inclusiva é fundamentalmente uma reforma educacional. Uma reforma educacional que visa modificar a Escola de uma forma bastante profunda: trata-se de promover o sucesso de todos os alunos, de conhecer, respeitar e aproveitar as suas diferenças para criar ambientes mais ricos e mais contextualizados de aprendizagem. É óbvia a magnitude da tarefa. Por vezes até nos perguntamos se essa tarefa é possível…(…)
Parece que a maneira segura de mudar atitudes é a de implicar os professores em ambientes e em práticas cujos resultados possam ser incompatíveis com as “velhas” atitudes. Por exemplo, se um professor for consistentemente apoiado para encarar as dificuldades de um aluno, não como sendo excepcionais, mas como sendo parte de uma continuidade de dificuldades que a classe pode apresentar, é possível que ele comece a encarar a classe de uma forma diferente, com uma atitude diferente. Mas aqui teríamos um problema da “galinha e do ovo”, isto é, como se podem criar estes ambientes e práticas se as atitudes não são as que predispõem a esta criação?

Aqui interessa certamente contar com o colectivo da escola, a chamada “comunidade de aprendizagem”, com grupos de professores que mutuamente se estimulam, reflectem e que apoiam a ousadia de quem se dispõe a fazer diferente. As atitudes deixam, assim, de ser só a causa dos comportamentos mais ou menos conservadores; passam a ser entendidas (e isto é muito importante) como a consequência das vivências que os professores tiveram. Importante, sim, porque nos permite trabalhar com as atitudes como uma entidade em permanente mutação e cuja mutação pode ser influenciada.

O trabalho para mudar atitudes é infindável.(…)

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