domingo, 27 de novembro de 2011

UMA ENTREVISTA LONGA COM 10 ANOS...MAS ATUAL!

UMA OBRA DESTE ENTREVISTADO
 
Educação - O senhor afirma que há três diferentes maneiras de avaliar um aluno: como um filósofo, como um juiz e como um técnico ou especialista. Quais as características de cada uma?
Hadji -
Estamos constantemente nos avaliando, sendo avaliados, avaliando os outros. É uma atividade social essencial. O problema consiste em como fazê-la corretamente. Avaliamos, antes de mais nada, sob o mero pretexto de avaliar. É o que acontece quando os alunos estão agitados e o professor faz uma prova surpresa, para os acalmar. O que me parece essencial, no entanto, ainda é saber em que consiste uma avaliação. Seus mecanismos são quase sempre os mesmos. Há uma certa universalidade nisso. Mas, por outro lado, não se avalia com a mesma atenção. Então, podemos diferenciar as atenções dominantes que vão corresponder às diferentes formas de avaliar. A primeira distinção: avalia-se a língua, por exemplo, mas não se pode medi-la. A ambição seria fazer isso, mas não há o que medir. Podemos avaliar, em um caráter extremo, simplesmente para entender melhor o que acontece com o aluno. Isso corresponde à postura do avaliador-filósofo. Ele avalia não para julgar o valor ou o interesse daquilo que foi feito, mas para tentar compreender melhor a pessoa em jogo. Nessas condições, deveríamos construir um referencial próprio para cada situação ou pessoa avaliada. Como podemos avaliar alguém com um referencial pertinente a outro? Esse é o problema do avaliador-filósofo.
Educação - E as outras duas maneiras?
Hadji -
O avaliador-juiz leva em conta circunstâncias e atenuantes para o desempenho do aluno. Já o avaliador-técnico é aquele que ...

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